sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Custo de oportunidade

- Renúncia do alternativo
- Comparação constante de custos e benefícios

Exemplo: o curso superior:

Benefícios: - melhor emprego
- Enriquecimento intelectual
- Amizades

Custos: - não trabalhar
- Esforço
- Livros/propinas
- Alojamento/alimentação

Custo de oportunidade:
Rendimento do qual se prescinde enquanto se obtêm outra coisa.


CONSUMO

Definição:
1. É o acto de utilizar um bem ou um serviço com o objectivo de satisfazer uma necessidade.
2. É normalmente um acto económico, pois é através dele que satisfazemos as necessidades.
3. É um acto social, pois constitui um indicador do nível de bem-estar de uma população

Tipos de Consumo

1. Final: quando a utilização do bem permite a satisfação directa e imediata da necessidade.

2. Intermédio: quando se utiliza um bem na produção de outro bem.

3. Público: quando o consumo do bem ou do serviço é efectuado para satisfazer uma necessidade colectiva e é realizado pelo Estado.

4. Individual: quando o uso de um bem ou um serviço por uma pessoa impede que outras o utilizem. Por exemplo, ao consumir um pão, mais ninguém o poderá fazer.

5. Essencial: quando o consumo efectuado corresponde à satisfação de uma necessidade primária.

6. Supérfluo: quando o consumo efectuado corresponde à satisfação de uma necessidade terciária


NECESSIDADES

NECESSIDADE:
1. É o desejo de acabar ou prevenir uma insatisfação ou de aumentar uma satisfação.
2. São satisfeitas através da utilização de bens e de serviços.
3. O acto de utilização de bens e serviços para satisfazer necessidades, designa-se por consumo.

CARACTERÍSTICAS DAS NECESSIDADES:

MULTIPLICIDADE
As necessidades que sentimos são ilimitadas. Não sentimos apenas uma ou duas, são várias e diferentes.
Elas têm a capacidade de se renovar, não sendo suficiente satisfaze-las uma ou duas vezes, pois elas formam um processo contínuo.
Dois exemplos muito evidentes são a necessidade de beber e de comer.

SACIABILIDADE
À medida que satisfazemos uma determinada necessidade, a intensidade sentida vai diminuindo progressivamente até desaparecer.
Se, por exemplo, tivermos muita sede, à medida que bebemos água a intensidade da sede vai diminuindo até desaparecer completamente.

SUBSTITUIBILIDADE
Uma outra característica, é o facto de poderem ser substituídas por outras – princípio da substituição.
Encontramos múltiplos exemplos dessa situação. Se estiver com sede e não possa dispor de água, poderei substituí-la por um refrigerante. Se tiver muita vontade de ir ao teatro mas considerar os preços muito altos, poderei optar pelo cinema.
As necessidades variam no tempo e no espaço

CLASSIFICAÇÃO DAS NECESSIDADES
1. Quanto ao Custo
a. Económicas: Carro ou ir à discoteca
b. Não Económicas: Respirar ou bronzear-se ao Sol

2. Quanto à Importância:
a. Primárias: As destinadas exclusivamente à sobrevivência
b. Secundárias: todas as outras de que necessitamos
c. Terciárias: Normalmente supérfluas

NOTA: As secundárias e Terciárias dependem e variam de pessoa para pessoa

3. Quanto à Abrangência:
a. Individuais: Alimentação
b. Colectivas: Segurança, iluminação das ruas

CLASSIFICAÇÃO DOS BENS ECONÓMICOS

1. Quanto à Natureza:
a. Bens Materiais: pão, livro
b. Bens Imateriais: Médico, concerto de música

2. Quanto à função:
a. Bens de Consumo: Alimentação, vestuário
b. Bens de Produção: Aço, utensílios, tecido

3. Quanto à duração
a. Bens Duradouros: livro, CD, automóvel
b. Bens não Duradouros: pão, combustíveis

4. Quanto à relação entre eles:
a. Substituíveis: Quando consumimos óleo em vez de azeite.
b. Complementares: Quando um bem para desempenhar a sua função precisa de outro: pneu e jante.



segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Módulo 6 - A Interdependência das Economias Actuais
TEXTO DE APOIO
A ECONOMIA INTERNACIONAL

Um sistema económico de um país deve ser visto como uma sociedade aberta, isto significa dizer que as fronteiras das relações económicas de uma nação devem dar permissão a um bom trânsito com as comunidades que precisam de determinados produtos de outras, ou mesmo supri-las de produtos de fora das suas fronteiras nacionais. Isso é o que determinam as relações entre países, e que faz funcionar a economia internacional, ou por outras palavras, faz inter-relacionar a economia de um determinado país com o resto do mundo, como por exemplo: Portugal compra dos Estados Unidos determinados tipos de produtos, e a Polónia compra a Portugal outro tipo de produtos que, eventualmente, faltam neste país.
É claro que em países de ideologia burguesa, ou capitalista, as relações de compra e venda de mercadorias, são postas num intercâmbio bem mais favorável do que se falarmos de relações de países capitalistas com países socialistas. Contudo, quer-se deixar claro que as relações internacionais são efectuadas de acordo com as necessidades derivadas dos excedentes de umas nações em relação às outras.
A Economia Internacional é uma estrutura de cooperação entre os países, com o objectivo de assegurar a eliminação das necessidades das nações que não produzem internamente determinado tipo de produto, e/ou não tenham condições de produzi-lo, tendo em vista as suas condições tecnológicas, a fertilidade do solo, a qualificação da mão-de-obra, a estrutura produtiva, e muitos outros factores, que dificultam as limitações internas nas próprias condições locais. Todavia, as relações internacionais têm dificultado o avanço das economias periféricas, em primeiro lugar, devido à imposição de produção de determinados bens condizentes com a economia interna, levando em consideração a divisão internacional do trabalho; e, em segundo lugar, por causa da determinação de uma moeda internacional, que deteriora as moedas locais, desvalorizadas, e fracas por natureza no seu poder aquisitivo.
Inegavelmente, é importante a participação de uma nação na economia internacional, pois as vantagens comparativas desenvolvidas por David RICARDO (1817) alertaram para o sentido cooperativo de união entre os povos na procura do desenvolvimento sustentados de todas as economias. As vantagens comparativas dizem respeito a que os países se especializem naquilo que tivessem mais facilidades de produção: Isto significa dizer, que uma espécie de irmandade seria estabelecida, e desta forma, estabelecer-se-ia um processo de ajuda mútua às vocações particulares de cada país que se fixava na produção de um, ou mais produtos especiais, para conseguir economias de escala e localização no processo de produção.
Isto foi o que mais ou menos aconteceu até inícios do século XIX, com as produções de cada país limitadas a poucos produtos, onde a tecnologia era talvez pouco divulgada aos países periféricos, cuja pauta de exportação estava restrita a poucas mercadorias de cunho primário, sem nenhuma perspectiva de qualquer progresso. Não se deve esquecer de que o princípio das vantagens comparativas absolutas, ou relativas, talvez seja um instrumento de um sistema capitalista, dominador e que ao mesmo tempo, limitava o progresso tecnológico para os países pobres, que procuravam a pauta de exportação dos países ricos, ou desenvolvidos, ou industriais, e cujas nações pobres, ou periféricas, talvez viessem a criar alguma dificuldade quanto ao projecto de avanço do capital dos países centrais. Ou seja, era necessário limitar o desenvolvimento tecnológico desses países pobres, tornando-os dependentes da produção industrial e tecnologicamente avançada dos países ricos. Esse processo de subordinação aos acordos de países participantes do quadro do projecto das vantagens comparativas conduziu a certos contratos que criaram muitos problemas internos, especificamente, em países extremamente pobres; pois, quaisquer colheitas boas, que gerassem excedentes, poderiam ser sacrificadas frente a esses acordos preestabelecidos pelos governos.
A História relata factos em que um determinado país que não se especializou na produção de carne bovina, e que tinha um acordo com um outro país, e que internamente, apesar de ter tido uma boa produção de carne bovina, mas que, por força do acordo, teve-se que importar a carne bovina. Nessa linha de pensamento, verifica-se que o processo de exportação se dá, especificamente, para aqueles países que estão a participar desse tipo de acordo, e não para qualquer mercado, onde se queira exportar.
O processo de actuação numa economia internacional está vinculado à relação de compra e venda de mercadorias, não necessariamente de excedentes de países para o resto do mundo, mas, de nações que precisam de divisas para processar as compras que são necessárias, não só em termos de produtos, como também de tecnologias, e até mesmo, de matérias-primas que são fundamentais para o processo de produção de produtos domésticos. Da mesma forma que existe a concorrência interna para se vender determinada mercadoria; internacionalmente também existe esse instrumento, obrigando-se algumas vezes os países a baixarem os seus preços, de tal maneira que consigam colocar os seus produtos no mercado exterior, a preços muito abaixo do estabelecido pelo comércio internacional, e isto é uma prática de crime conhecida como dumping, forçando a derrubando os concorrentes de maneira desleal.
Além desse tipo ilegal de participação de forma activa no mercado, existem outros instrumentos que desequilibram a concorrência entre os países; pois, o uso de taxas alfandegárias abusivas faz com que muitas mercadorias de boa qualidade, e excedentes de países que não participam dos acordos de comércio, não tenham condições de colocar os seus produtos à venda. Isto tem dificultado aos países pobres, ou do terceiro mundo, a penetração no mercado mundial mesmo que produzam um, ou poucos produtos em que se especializaram e de boa qualidade.
A economia internacional é um sistema de cooperação mútua entre as múltiplas nações, de tal maneira que não cause desequilíbrios na economia como um todo, ou em países individualizados. O fundamental é que as relações sejam fundamentadas, harmoniosamente equilibradas sem prejuízo para ninguém, mas que haja um avanço na economia em geral. O desequilíbrio só cria maiores desajustes nos países dependentes, que mais cedo, ou mais tarde, se repercutem nas economias centrais.

domingo, 16 de novembro de 2008


Módulo 1 - A Economia e o Problema Económico
A Oferta e a Procura

Definições:

Mercado: local de encontro entre compradores e vendedores de um produto ou serviço e caracteriza-se pelo equilíbrio entre a oferta e a procura.
Preço real de um bem: é o seu preço em relação ao preço de outros bens e serviços em determinado momento.

CURVA DA PROCURA
Indica a relação existente entre o preço de mercado de um bem e a quantidade procurada desse mesmo bem.
A curva da procura tem inclinação negativa.

LEI DA PROCURA
Quando o preço de um bem aumenta, mantendo tudo o resto constante, os consumidores tendem a consumir menos dessa mercadoria.
Efeito substituição: quando o preço de um bem aumenta, o consumidor tem tendência a substituí-lo por um similar
Efeito rendimento: quando o preço de um bem sobe, com o mesmo rendimento, os consumidores conseguem comprar menos quantidades desse mesmo bem

CURVA DA OFERTA
Indica a relação existente entre o preço de mercado de um bem e a quantidade oferecida desse mesmo bem, mantendo tudo o resto constante.
A curva da oferta tem inclinação positiva.

O equilíbrio de mercado verifica-se com o preço e a quantidade com que as forças da oferta e da procura se equiparam, isto é, o preço em que as curvas da oferta e da procura se cruzam.

Excesso de procura – o preço de mercado é inferior ao preço de equilíbrio logo existe maior procura que oferta. A quantidade efectivamente transaccionada é dada pela oferta.

Excesso de oferta – o preço de mercado é superior ao preço de equilíbrio logo existe maior oferta que procura. A quantidade efectivamente transaccionada é dada pela procura.

Elementos que afectam a Procura:
1) Preço do próprio bem
2) Preço dos outros bens
3) Rendimento
4) Gostos
5) Expectativas
6) População

Elementos que afectam a Oferta:
1) Tecnologia
2) Preço dos factores
3) Número de fornecedores
4) Expectativas
5) Influências Especiais





Módulo 1 - A Economia e o Problema Económico

FACTORES QUE INFLUENCIAM O CONSUMO


ECONÓMICOS:
1. Rendimento
2. Preços
3. Inovação Tecnológica

EXTRA-ECONÓMICOS:
4. Moda
5. Publicidade
6. Tradição
7. Modos de Vida
8. Estrutura etária da família


1. Rendimento
O consumo é uma função do rendimento.
Alterações no rendimento (mantendo-se tudo o resto constante) traduzem-se em alterações na estrutura do consumo.
Estrutura do consumo é a forma como os consumidores repartem o seu rendimento pelos diversos consumos.
Para conhecer a estrutura de consumo de uma população ou de uma família, calculam-se os coeficientes orçamentais.

Lei de Engel
À medida que o rendimento das famílias aumenta, o peso das despesas em alimentação vai baixando, aumentando, em contrapartida, o peso das despesas destinadas à cultura, lazer e distracções.

2. Preço dos Bens
O preço dos bens influencia as decisões de consumo
Mantendo-se tudo o resto constante, se o preço de um bem aumentar, na generalidade, prevê-se que o consumidor irá consumir menos desse bem

3. Inovação Tecnológica
A inovação tecnológica, ao lançar no mercado novos produtos e/ou serviços, faz surgir novas necessidades
As novas necessidades surgidas traduzem-se em novos consumos

4. e 5. A Moda e a Publicidade

Na sociedade actual os bens têm um ciclo de vida cada vez mais curto
São lançados no mercado novos produtos e produtos renovados
Através da publicidade, os consumidores são estimulados a adquirir esses bens, com o objectivo de acompanhar a moda ou de seguir as tendências

6. A Tradição
O consumo é influenciado pelas tradições e pelos hábitos culturais
Essas tradições podem incidir sobre o consumo dos mais diversos bens

Amêndoas na Páscoa
Peru no Natal
Enfeites de Carnaval
...

7. Modos de Vida
O consumo reflecte determinados estilos de vida, podendo constituir uma forma de expressão do estrato social a que se pertence

O uso de certas marcas de calçado ou de roupa ilustram esta situação

8. Estrutura etária da família
A idade dos membros que compõem uma família constitui um dos factores que influenciam o consumo

Agregados familiares com crianças apresentarão uma estrutura de consumo diferente dos agregados familiares compostos apenas por idosos